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domingo, 5 de dezembro de 2010



Michael Rolph
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segunda-feira, 22 de novembro de 2010



 
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domingo, 21 de novembro de 2010

C076

E é por aqui que me encontro presa à Terra. Nos postos de atendimento, nos serviços administrativos, em secretarias mal amanhadas. 

Dentro da transparência plástica, trago os papéis que me vão traduzir o mais que me for permitido: nome completo, morada, data de nascimento, filiação, conta bancária, profissão, telefone um, telefone dois, fotografia de passe - uma que me descubra as orelhas mas não me explique os dentes. E este é o máximo de existência admíssivel.
Sentada num degrau, já sem ilusões que dêem vida a estas paredes cansadas, meço de antemão o apocalíptico drama burocrático que me aguarda lá dentro e penso que o que mundo quer de mim afinal, é só contar o tempo que eu estaria disposta a perder nesta escada de serviço. À espera, à porta, daquilo que pede que eu entre para poder então acontecer.


Fantasia?  Um metro e vinte de balcão é alto.
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domingo, 23 de maio de 2010

noite de verão

«O mar era visível da janela do sótão sobretudo nas noites de lua generosa. Entretinha-me a contar as ondas na rebentação como quem conta carneiros em lutas contra a insónia. Os adultos, lá em baixo, faziam-se ouvir até tarde, entre discussões exaltadas próprias dos tempos conturbados da revolução fresca e gargalhadas da sua (então) não menos fresca juventude. Os dias eram passados naquilo que me parecia um isolamento total. Não unicamente meu, mas daquele familiar grupo perante o resto do mundo. À casa e ao areal deserto não chegava vivalma nem mesmo durante o dia. Sendo a única criança, sentia-me o explorador solitário de tão virgem território. A janela do sótão era a ponte do meu barco imaginário, inspiração directa das aventuras de Salgari que nunca mais deixei. Daquele ponto controlava tudo, ou dessa forma assim o via, e por diversas vezes preferi-o à imensidão do areal. Numa noite, já relegado pela hora tardia para o meu quarto no sótão, assisti da janela aos gritos que alguns do grupo lançavam a correr em direcção à água: o mergulho da meia-noite à luz da lua. Foi nesse momento que invejei pela primeira vez a idade adulta, nunca imaginando que chegaria o dia, já adulto e também a mergulhar num mar escuro numa noite de lua cheia, em que daria tudo para voltar atrás àquele preciso momento. A infância é um bem valioso e o único verdadeiramente irrecuperável. Como a vida me viria a ensinar.»


 vontade indómita
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quinta-feira, 8 de abril de 2010

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